(last week our tutor asked us to prepare a personal testimony in Portuguese; here is Norm's! / na semana passada a nossa professora pediu-nos escrever o nosso próprio testemunho em português; aqui é o do Norm!)
Os meus pais, avós e bisavós deram–me uma herança Cristã; foram antepassados que amavam a Deus e tentavam segui-lo com toda a vida. Os meus pais passaram a maior parte das suas vidas profissionais como missionários e pode ser que eu me interesse especialmente pela África porque fui concebido numa aldeia isolada de Angola!
Com a idade de cinco anos, os meus pais levaram-me para uma reunião de evangelização onde pregou um evangelista conhecido (não me lembro quem era). Em breve, depois de passar o culto a fazer rabiscos, insisti em ir à frente e, conhecendo já bem o Evangelho, declarei a minha vontade de aceitar Jesus como o meu Salvador e Senhor. Claro, recebi boa instrução dos meus pais antes e depois, no caminho cristão.
Quando tinha dez anos, acompanhei os meus pais para a Zâmbia, onde serviram cinco anos de novo como missionários. Não compreendi o esforço que eles fizeram para aprender uma língua indígena, uma vez mais nas idades de 55 e de 50 anos! Mas após dois anos eles mudaram para outro lugar na Zâmbia onde o povo falava a mesma língua que os meus pais tinham usado em Angola havia 11 anos.
Lá na Zâmbia eu encontrei os aviões e a aviação missionária pela primeira vez. Fiz alguns voos ida e volta para o meu internato, que encurtavam a viagem de um dia inteiro para algumas horas. Nas minhas férias escolares, costumava passar tempo no hangar para “ajudar” o piloto, e ia andando nos curtos voos sempre que possível.
Depois que regressámos ao Canadá, acabei os meus estudos secundários e coloquei-me novamente na vida canadiana. Descobri a tecnologia informática e, tendo completado um ano de estudos bíblicos, empreendi um curso universitário em matemática e ciências informáticas. Por intermédio dum círculo de estudos bíblicos na universidade, conheci a Audrey. Após três anos de namoro – enquanto ela acabava a sua formação como enfermeira - nós casámo-nos.
Durante os primeiros anos do nosso casamento, estabelecemo-nos na cidade de Kitchener e fizemos parte duma igreja dinâmica. Em 1981, a empresa de software onde trabalhava convidou-me a mudar para a sua sede europeia. Ora, fomos transferidos do Canadá para Bruxelas na Bélgica com os nossos dois meninos. Todavia a minha vida espiritual tinha começado a deslizar e foi ultrapassado pelas preocupações de negócios, pelas viagens, pelas festas maravilhosas e pelos amigos ímpios.
No ano de 1989 o meu irmão, que era missionário na Zâmbia, morreu subitamente com a idade de 42 anos. O profundo contraste entre o seu modo de vida e o meu deixou-me inquieto. Mas perante essa chamada do despertador espiritual, eu carreguei o botão de sono.
No ano seguinte, enquanto fazíamos férias no Canadá eu obtive a minha licença de piloto particular de avião e após chegarmos à Europa, comprei uma parte num avião ligeiro. Entretanto tinha fundado uma empresa, ganhávamos bem e adquirimos uma casa grande. A nossa terceira filha nasceu e (pelo menos, na minha opinião) divertíamo-nos ao máximo!
Mas o nosso mundo confortável desabou no fim de 1991 quando a empresa faliu. A Audrey aprendeu que podemos confiar em Deus não importa o que aconteça. A nossa família e uns amigos generosos ajudaram-nos a regressar ao Canadá. Pela segunda vez, eu desprezei a chamada do despertador.
Tendo chegado o ano 2000, fundei outra vez uma empresa de serviços informáticos em Otava. Avancei para a licença de piloto comercial e comprei outra vez, com parceiros, um avião que empregávamos para voos charter. Infelizmente este empreendimento falhou e ao mesmo tempo, a empresa de serviços informáticos estava à beira da falência.
Em Ezequiel 18:31-32 o Senhor diz, “Rejeitai todos os pecados que cometestes contra mim e criai um coração novo e um espírito novo… Convertei-vos e vivei!” Na época desta terceira chamada do despertador conheci uns empresários crentes e percebi, com a ajuda deles, que não podia triunfar nem em negócios nem na vida se não me libertasse do meu passado duvidoso para me sujeitar à soberania de Jesus Cristo. De repente encontrei o arrependimento e o perdão. Redescobri a alegria de viver, pela adoração, pela oração, e nas Escrituras. Consagrámo-nos à nossa nova família da igreja, começámos a apresentar o curso “Alpha” e ligámo-nos à equipa de oração.
Avaliando os meus dons, as minhas experiências e capacidades senti o puxão de África, desta vez para o serviço de Cristo. Pareceu-me que a aviação, a informática e a enfermagem era uma boa combinação, bem útil para lá. No princípio a resposta foi negativa; Deus tinha para mim uma formação por meio da gestão duma empresa explicitamente cristã. Mas há alguns anos o Senhor tem-nos conduzido para esta nova carreira com a “Mission Aviation Fellowship” - a Associação de Aviação Missionária ou “MAF” para abreviar. No ano 2006, a Audrey e eu viajámos até à cidade de Lubango em Angola onde o nosso amigo doutor Stephen Foster é um do punhadinho de cirurgiões na metade sul do país. Durante esse ano o doutor Foster estava a fundar um novo hospital chamado CEML, Centro Evangélico de Medicina do Lubango. Mas é o hospital de Kalukembe, 500 quilómetros mais a leste, que é o hospital missionário único que sobreviveu à guerra civil. Apesar de edificarem agora alguns novos hospitais e clínicas, a escassez de pessoal continua a apresentar dificuldades importantes. O doutor Foster já pode poupar muitas horas de viajem perigosas pelos caminhos maus, nas suas visitas mensais a Kalukembe para operar. Hoje em dia ele costuma viajar no avião da MAF, bem como os seus auxiliares cirúrgicos e ainda pastores e evangelistas. Muito mais do seu trabalho pode ser realizado, em mais segurança e sem se matarem de trabalho.
No princípio do meu ressurgimento espiritual eu tinha vontade de servir a MAF como piloto, mas Deus expôs outros planos. A MAF não se interessa só da aviação. A tecnologia informática, a comunicação pelos satélites e a radiocomunicação prestam serviços essenciais às igrejas, às agências de ajuda humanitária, e aos trabalhadores de desenvolvimento numas zonas afastadas do mundo. Estas tecnologias são as mesmas em que trabalhei durante toda a minha carreira.
Frequentemente os trabalhadores de apoio da MAF são colocados perto dos hospitais e clínicas que servem. A Audrey e eu estamos designados, se Deus quiser, para servir no Centro Evangélico de Medicina do Lubango. Espero dar apoio técnico de informática e de comunicação para que o hospital, estando ligado ao mundo exterior da Internet pelos satélites, possa aproveitar o apoio de especialistas médicos e assim tornar-se num centro médico excelente e também num centro da vitalidade espiritual nessa cidade.
Quando o povo de Israel achava que Deus não se lembrava deles, a Sua resposta foi, “Eu bem vi a opressão do meu povo que está no Egipto, e ouvi o seu clamor diante dos seus inspectores; conheço, na verdade, os seus sofrimentos… E agora, vai!” (Ex. 3:7,10)
É tão grande a misericórdia de Deus para com o povo de Angola que está a sofrer tanto, sem ajuda nem apoio! A Audrey e eu acreditamos com certeza que Deus tem estado a preparar-nos há muitos anos para fazermos uma pequena parte, demonstrando o Seu amor profundo e o Seu cuidado para com este grande povo em sofrimento.
A MAF leva o amor do Cristo de maneiras práticas, e torna possível o impossível para médicos, enfermeiras, evangelistas, pastores e professores que servem nas zonas afastadas no mundo.
Actualmente a Audrey e eu estamos a estudar a língua portuguesa para poder servir a MAF em Angola, se Deus quiser, a partir do começo de 2011.
Monday, May 3, 2010
Subscribe to:
Post Comments (Atom)
Being unable to read this, I checked it out using Google Translate. The more or less literal translation is very, very funny. My favourite part is when you talk about "passing the cult to make squiggles", although I was slightly surprised to read that you "were transferred from Canada to Brussels in Belgium with our two boys". Then later your "third daughter" was born.
ReplyDeleteWhat a strange language you are learning!
That would be, "spent the service making scribbles"!
ReplyDeleteThe other one is more complicated and caused some discussion with the tutor. When referring to a mixed group in Portuguese, the masculine gender is used, therefore the first reference is mistranslated: it should be "with our two children".
The second reference strictly speaking is incorrect in that it implies we have three daughters. I could have said "o nosso terçeiro filho, uma rapariga" i.e. "our third child, a daughter" but that would have made for an unwieldy sentence and the tutor felt it was better to live with the technical inaccuracy as written. In any case, Google would have undoubtedly translated "our third son, a girl!"
A good example of the limitations of machine translation!